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Ele guarda as minhas memórias, ele é talvez minha imagem no espelho.

Um ato de revolta, um rio e um encontro.


Era só um protesto, sair de casa determinada a me juntar a tantos outros causadores do mau trânsito do recife, (segundo a impressa)prefiro dizer, estudantes conscientes, e aí tantas outras coisas não previstas aconteceram.
Ah... O protesto! Deixa eu começar por ele. Um aumento abusivo nas passagens de ônibus fez com que varias entidades estudantis se reunisse para organizar um ato que tiraria o trânsito do recife do seu curso normal, fechando assim algumas avenidas. E assim fizemos, entre gritos e músicas que expressavam nossa indignação, eu assistia não apenas o transtorno do transito, mas a Esperança!
Sim, Esperança com esse E maiúsculo, de uma juventude que ainda acredita num sistema mais justo e que crer que é através da união do povo que conseguiremos viver em justiça e dignidade.

Mas o meu sair de casa naquela tarde não me reservou apenas esse momento, inexplicavelmente a vida acontece e não cabe a mim ficar prevendo, calculando, ela simplismente acontece.
Voltei para casa com mais dúvidas do que certezas, mais confusa do que satisfeita, mais frágil do que "no controle da situação".
Confesso que nunca passei tanto tempo admirando o capibaribe, vi a maré encher. A paisagem tinha trila sonora, É morena tá tudo bem... e outras. E vivendo um verdadeiro carp Diem ficamos ali, eu, o capibaribe e mais alguém. (Esse alguém precisa de interpretação, caro leitor).
Todos aqueles versos soltos e dispersos meus, eram palavras do coração...que sinto-me a vontade em dizer, ou as vezes saem sem que eu perceba mesmo.

Mas não pará por ai, a tarde ainda me reservou mais. Não necessariamente nessa ordem, mas me presenteou com os ironicos encontros naquela passeata.
Sou do tipo: Reciprocidade, e as vezes exijo reciprocidade também,que ninguém tem obrigação de me dar, claro, mas pareço exigir por justiça e respeito.
Não foi o que aconteceu, num encontro casual, ou causado, não sei, percebi que reciprocidade não pode ser uma exigência, mas um ato espontâneo, sem cobranças nem arrodeios. Percebi também que minha ótica sobre mundo não deve ser "excomugada" só por que não obtive a tal reciprocidade esperada. Paciência, eu olho no ângulo diferente mesmo, só não posso cometer o erro e a ignorância de querer colocar as pessoas no mesmo ângulo que eu ao ver a vida.

Por fim, entre um inspirar e respirar, entre um ascender e apagar das luzes, aprendo. Conheço e me reconheço no outro, invento, reinvento e vou me compondo, me fazendo ser eu.










Comments
2 Responses to “Um ato de revolta, um rio e um encontro.”
  1. mulher, esquecesse do jegue, o mais novo meio de transporte do recife. rsrsrrsrsrsrsrsrs
    ótimo dia aquele que ficou guardado em nossos corações. 11.11.11 - pra quem acredita em numerologia, taí um prato feito!
    xerooo

  2. KKKKKKKKKKKKKKKKKKK esqueci completamente! Tô morrendo de rir aqui!

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