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Ele guarda as minhas memórias, ele é talvez minha imagem no espelho.

Palavras não falam

Depois de algum tempo, depois de algumas poucas experiências, muito depois de ouvir alguns casos e viver outros, eu me sinto extremamente fadigada das palavras. É cansativo ver como frases do tipo: Eu Te amo,  Você é meu  melhor amigo, você é tudo pra mim...e ai vai, frases muito criativas!
Eu cansei de ouvir as pessoas jurarem. Jurar um Amor eterno e  uma amizade forte, falam isso com tanta "vontade" que soa como verdade. Eu cansei das promessas que uns fazem aos outros, isso sem a menor responsabilidade, sem o compromisso de não quebra-lás. Me dá fadiga ler e escutar certas frases, me irrita essa coisa chamada "relacionamento líquido". É agora,e amanhã já não é. É tão frágil que chega a escorrer pelos dedos. Esses relacionamentos líquidos regados de palavras, diga-se: Belas Palavras! Chega a incomodar, esse jeito efêmero de querer as coisas, esse imediatismo que não tem bases sólidas. 
Se tratando de Amor então, ufa! Me cansa de verdade. São relacionamentos cada vez mais imediatos e com um romantismo que chega a impressionar, mas como eu disse: Palavram não falam.
É muita voz, pouca ação. Na prática não se vê muito disso, com pouco tempo as coisas já não são mais tão interessantes, não se cria mais espectativas, não tem mais emoção. É montanha russa é? Eu me pergunto: Que base tem  um relacionamento feito de emoções? Construir leva tempo, é trabalhoso, sobre tudo arriscado, e na nossa sociedade líquida não se arrisca. Ai eu me pergunto de novo: É uma bolsa de valores é? Onde só se que ganhar e jamais de perder? Então estar explicado, ninguém quer se arriscar, ninguém vai se dá o trabalho de construir, ficamos só com as palavras, que no minuto qualquer são ditas, no instante seguinte esquecidas.
Sinceramente, eu cansei dessas palavras, dessas pessoas que no mínimo são por demais inconstantes e frívolas. Eu, exaustiva das palavras prontas, dos cartões de amizade comprados numa banca qualquer,cansei! Prefiro acreditar no que as pessoas me causam e não no que elas me dizem, é mais seguro. Sem qualquer cerimônia prefiro ironizar ao ouvir certas palavras, me recuo quando percebo que vai ser tudo emotivo demais. Parece ser tudo muito racional e sem nenhuma graça minhas palavras,  mas prefiro  o ato, a construção, o trabalho e o risco de construir relacionamentos. 


Palavras não falam.

Vamos.



Vamos nos envolver mais,
querer mais,
se expor mais?

Vamos brigar menos,
reclamar menos,
se aborrecer menos?

Vamos cantar mais,
versar  mais,
brincar mais?



Amar mais, desprezar menos. Vamos viver ?



Há tempo para tudo.
                          

                                                                              Tempo de planejar.

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Sonhos, aventuras, juras.


 

Baseada em uma canção que estou escutando agora, nesse exato momento que escrevo.


Sonhar é muito parecido com respirar, é tão inevitável! Um gás que assim como o oxigênio nos permite viver. E respirando esse gás-sonhos, meus dias em casa têm sido de constantes respirações que entre um suspiro e outro festejo, sabendo que eles são tão possíveis quanto a minha realidade. Esses dias que parecem que não estou fazendo nada revelam meu ócio criativo. Querendo mais, porém cautelosa, guardando a humildade que ganhei durante esses poucos anos. 
Aquele emprego, aquela casa confotável, filhos. Todos sonhados, diversas vezes inventados que de alguma forma me impulsionam e me realizam mesmo não sendo ainda materializados.
Aventuras! Sonhando com elas...Sabe aquele salto de para- quedas? Aquela trilha ? Viajar por ai apenas com uma mochila nas costas? Acampar no lugar onde de noite só poderei ver a luz da fogueira acesa. Isso que parece besteira, mas que eu quero, e quero de verdade.
 Tá, confesso: Eu sonho com  aquele beijo de cinema americano, fechando os olhos correrendo do perigo, um amor feito o de lisbela.
Essas aventuras, sonhos...são apenas algumas de uma mente fértil, rs...
E nesse meu ócio eu planejo, reivento, descubro! 





 ~ Sonhos, aventuras, juras.
dessas que um dias acontecerão.
Bruna Caram

                                                                                                  
                                                                                                                                                 








Um ato de revolta, um rio e um encontro.


Era só um protesto, sair de casa determinada a me juntar a tantos outros causadores do mau trânsito do recife, (segundo a impressa)prefiro dizer, estudantes conscientes, e aí tantas outras coisas não previstas aconteceram.
Ah... O protesto! Deixa eu começar por ele. Um aumento abusivo nas passagens de ônibus fez com que varias entidades estudantis se reunisse para organizar um ato que tiraria o trânsito do recife do seu curso normal, fechando assim algumas avenidas. E assim fizemos, entre gritos e músicas que expressavam nossa indignação, eu assistia não apenas o transtorno do transito, mas a Esperança!
Sim, Esperança com esse E maiúsculo, de uma juventude que ainda acredita num sistema mais justo e que crer que é através da união do povo que conseguiremos viver em justiça e dignidade.

Mas o meu sair de casa naquela tarde não me reservou apenas esse momento, inexplicavelmente a vida acontece e não cabe a mim ficar prevendo, calculando, ela simplismente acontece.
Voltei para casa com mais dúvidas do que certezas, mais confusa do que satisfeita, mais frágil do que "no controle da situação".
Confesso que nunca passei tanto tempo admirando o capibaribe, vi a maré encher. A paisagem tinha trila sonora, É morena tá tudo bem... e outras. E vivendo um verdadeiro carp Diem ficamos ali, eu, o capibaribe e mais alguém. (Esse alguém precisa de interpretação, caro leitor).
Todos aqueles versos soltos e dispersos meus, eram palavras do coração...que sinto-me a vontade em dizer, ou as vezes saem sem que eu perceba mesmo.

Mas não pará por ai, a tarde ainda me reservou mais. Não necessariamente nessa ordem, mas me presenteou com os ironicos encontros naquela passeata.
Sou do tipo: Reciprocidade, e as vezes exijo reciprocidade também,que ninguém tem obrigação de me dar, claro, mas pareço exigir por justiça e respeito.
Não foi o que aconteceu, num encontro casual, ou causado, não sei, percebi que reciprocidade não pode ser uma exigência, mas um ato espontâneo, sem cobranças nem arrodeios. Percebi também que minha ótica sobre mundo não deve ser "excomugada" só por que não obtive a tal reciprocidade esperada. Paciência, eu olho no ângulo diferente mesmo, só não posso cometer o erro e a ignorância de querer colocar as pessoas no mesmo ângulo que eu ao ver a vida.

Por fim, entre um inspirar e respirar, entre um ascender e apagar das luzes, aprendo. Conheço e me reconheço no outro, invento, reinvento e vou me compondo, me fazendo ser eu.










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