Sobre o Blog

Ele guarda as minhas memórias, ele é talvez minha imagem no espelho.

          A gente tem o hábito incomodo de deixar chegar o medo e as constantes  incertezas, e nessas ondas que levam e trazem esses incômodos sentimentos permitimos aberturas de feridas que nem sempre cicatrizam, e mesmo quando isso acontece nos deixam marcados a ponto de querer olha sempre para elas. 
        Eu tenho medo. E quase sempre os confesso na esperança de que ao confessa-los eles não mais me atormentem, medo do medo da perda, do desastre e do natural insucesso. Essas coisas estranhas que humanos sentem pela deficiência dos nossos desastrosos orgulhos, egos...
      Que as confissões me façam mais forte, que pelo menos por hoje não me perturbem mais, que as palavram que me façam tomar um novo fôlego de coragem e que sejam suficientes para sanar as incertezas e as eventuais dúvidas. Que a Paz e o Amor virem rotina, que por consequência disto a coragem, a fé, e a certeza virem hábito e mania. 


A vida é feita de segundas-feiras. 


















ViVer HoJe!

História dos Sentimentos


Os Sentimentos Humanos certo dia se reuniram para
brincar. Depois que o Tédio bocejou três vezes porque
a indecisão não chegava a conclusão nenhuma e a
Desconfiança estava tomando conta, a Loucura propôs
que brincassem de esconde-esconde. A Curiosidade
quis saber todos os detalhes do jogo, e a Intriga
começou a cochichar com os outros que certamente
alguém ali iria trapacear.
O Entusiasmo saltou de contentamento e convenceu a
Dúvida e a Apatia, ainda sentadas num canto, a
entrarem no jogo. A Verdade achou que isso de
esconder não estava com nada, a Arrogância fez cara
de desdém pois a idéia não tinha sido dela, e o Medo
preferiu não se arriscar: “Ah, gente, vamos deixar
tudo como está”, e como sempre perdeu a
oportunidade de ser feliz.
A primeira a se esconder foi a Preguiça, deixando-se
cair no chão atrás de uma pedra, ali mesmo onde
estava. O otimismo escondeu-se no arco-íris, e a
Inveja se ocultou junto com a Hipocrisia, que sorrindo
fingidamente atrás de uma árvore estava odiando tudo
aquilo.
A Generosidade quase não conseguia se esconder
porque era grande e ainda queria abrigar meio mundo,
a Culpa ficou paralisada pois já estava mais do que
escondida em si mesma, a Sensualidade se estendeu
ao sol num lugar bonito e secreto para saborear o que
a vida lhe oferecia, porque não era nem boba nem
fingida; o Egoísmo achou um lugar perfeito onde não
cabia ninguém mais.
A Mentira disse para a Inocência que ia se esconder
no fundo do oceano, onde a inocente acabou afogada,
a Paixão meteu-se na cratera de um vulcão ativo, e o
Esquecimento já nem sabia o que estavam fazendo ali.
Depois de contar até 99 a Loucura começou a
procurar.
Achou um, achou outro, mas ao remexer num arbusto
espesso ouviu um gemido: era o Amor, com os olhos
furados pelos espinhos.
A Loucura o tomou pelo braço e seguiu com ele,
espalhando beleza pelo mundo. Desde então o Amor é
cego e a Loucura o acompanha.
Juntos fazem a vida valer a pena – mas isso não é
coisa para os medrosos nem para os apáticos, que
perdem a felicidade no matagal dos preconceitos,
onde rosnam os deuses melancólicos da acomodação.

Adaptado por Lya Luft.

.Gotas


De solidão, duas gotas. 

De sorriso meia, de expectativa mais do que deveria.

De saudades tenho quase um vidro inteiro só de gotas.

Pra quem me ver passar prefiro deixar cair gotinhas de esperança, de certezas.

Fé, Amor... gratidão. Também tenho gotas para essas. 

Assim, vou juntando e percebo que tenho quase um oceano de tudo, tenho 

tudo do mundo que deixei pingar. Tenho o afeto do outro, e isso respigar um 

pouco de alegria. 

“ – Adeus – disse a raposa. – Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.”



    Passaram-se os anos, já faz muito tempo que li isso em um dos livros mais conhecidos do mundo. Parece simples, clichê, repetitivo. Mas as palavras da raposa ainda ecoam como se eu tivesse lendo pela primeira vez. O essencial é invisível aos olhos disse a raposa. Lembro de alguém me ensinando os substantivos abstratos, e me dizia: É tudo aquilo que não se pode ver ou tocar e isso me lembra bem coisas essenciais e invisíveis que não tocamos, mas que é possível sentir quando assim desejamos.
   Lembro agora de palavras como Amizade, Amor, Compreensão... Sinceridade, elas não podem ser tocadas. Só a vemos quando estamos DISPOSTOS,  mas muitas vezes inundados com os afazeres, não nos permitimos ouvir o segredo da raposa, e ai os dias passam e chegamos a pensar que é perda de tempo plantar amigos, fazer o bem, desejar felicidades e compartilhar a vida com gente de verdade. Digo Gente de Verdade! Não os fictícios  criados via internet,  infelizmente aos reais amigos damos o nosso limitado tempo, assim... sem muito gosto. Mas os muitos dias de novo se passaram, já foram mais 365, vejo as coisas que desperdicei, que fui capaz de ganhar e outras que fiz questão de perder.
 Aos meus verdadeiros companheiros de aventura, ah... Eles que por tanto tempo já me acompanham, meu muito obrigado por poder contar sempre com vocês. Aos velhos e distantes, mas verdadeiros amigos, que vez ou outra me ligam, mandam notícias de si, vocês são parte do essencial que às vezes pela cegueira, não vemos. A todos que me acompanham e que me desejam sorte, me transmitem amor e segurança, muito obrigado essenciais e verdadeiros amigos!
   

Já é fim de tarde,

 hoje não terei a esperança de vê-lo  no crepúsculo do dia,  não irei contemplar seu rosto  sorrindo no final do 5º andar. Hoje não será permitido apreciar seus beijos nem senti-lo, o dia  me roubou piadas,sorrisos e os abraços. Mas foram os velhos compromissos que nos afastaram... lábios, mãos, rostos e todo o resto do corpo estão desunidos, vai ser assim amanhã também, e até mesmo no domingo. 
Mas sei que vou  novamente encontrá-lo com o mesmo sorriso, e assim choveram Beijos e abraços. Vamos brincar, contar piadas e sei que ele vai me abraçar. Vamos cantar as mesmas músicas, falar em segredo, recitar as mesmas juras e andar de mãos dadas por aí.  Quando ele voltar a saudade estará prestes a me aniquilar, e então sua presença há de me satisfazer, e eu correrei ao seu encontro com se fosse a primeira vez.

Metade




Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio;
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca;
 

Porque metade de mim é o que eu grito,
Mas a outra metade é silêncio...

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece
E nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta
A um menina inundada de sentimentos;
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo...

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço;
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada;

Porque metade de mim é o que penso 
Mas a outra metade é um vulcão...

Que o espelho reflita em meu rosto
Um doce sorriso que me lembro ter dado na infância;
Porque metade de mim é a lembrança do que fui,
A outra metade eu não sei..

E que a minha loucura seja perdoada
porque metade de mim é amor
E a outra metade...também.

Oswaldo Montenegro

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